GRO/PGR – 4 Passos Para Gerenciar Riscos
O GRO/PGR – Gerenciamento de Riscos Ocupacionais tornou-se oficial a partir do dia 12-09-2020, data em que foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) a Portaria 6.730, a qual aprova o novo texto da Norma Regulamentadora nº 01 (NR-01) – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais – GRO.
O GRO irá gerenciar os riscos ocupacionais no ambiente de trabalho, por meio do PGR – Programa de Gerenciamento de Riscos, o qual substituirá o PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais.
Se você dominar o GRO – Gerenciamento de Riscos Ocupacionais e o PGR – Programa de Gerenciamento de Riscos, vai estar à vários passos na frente dos seus concorrentes.
Continue lendo esse artigo e conheça os 04 passos para o gerenciamento de riscos ocupacionais.
A importância do GRO/PGR na prevenção de acidentes
Se não houver fiscalização e estratégias de redução de riscos, o ambiente de trabalho pode ser palco para muitos acidentes do trabalho.
Promover a segurança dos empregados é tanto obrigação, quanto uma necessidade de qualquer empresa.
- Afastamentos;
- Pagamento de indenizações;
- Multas;
- Queda da produtividade;
- Rotatividade do quadro de funcionários, etc.
Portanto, empregar um programa com estratégias para identificar possíveis fontes de acidentes ocupacionais, é algo extremamente necessário e lucrativo.
As leis acerca da saúde e segurança dos trabalhadores são cada vez maiores e mais rigorosas, e isso aumenta a pressão sobre as empresas para implantar o GRO, se as mesmas pretendem manter tudo conforme a legislação manda.
O que é o GRO?
GRO significa Gerenciamento de Riscos Ocupacionais.
Trata-se de um novo parâmetro da NR-01 que vem para criar um método mais eficaz de identificação e gerenciamento de riscos nas empresas.
É uma estratégia desenvolvida com o objetivo de guiar empregadores e organizações sobre o mapeamento, gerenciamento e fiscalização de possíveis riscos presentes no ambiente de trabalho.
Dará condições para que se possa identificar de forma rápida, simples e eficaz, quaisquer ameaça para a saúde do colaborador, seja ela física ou psicológica.
Prevenir acidentes do trabalho é uma obrigação das empresas e organizações, mas em grande parte dos casos, os empregadores não conseguem fazer isso de forma eficiente, deste modo, o GRO deve funcionar como uma bússola, mostrando a melhor direção.
GRO/PGR e ISO 45001
O Gerenciamento de Riscos Ocupacional está alinhado com a ISO 45001 – Sistemas de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional e as empresas devem constituir um Programa de Gerenciamento de Riscos, estabelecendo as diretrizes e requisitos para este gerenciamento de riscos e as medidas de prevenção.
Quando entra em vigor o GRO/PGR?
Apesar de já ser uma realidade, o PGR entrará em vigor em agosto de 2021, quando também entra em vigor a nova redação da NR 01.
O PGR irá substituir o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais – PPRA, documento muito popular no mundo da saúde e segurança do trabalho, exigido e regulamentado até o momento pela NR-09, mas que deixará de existir.
Dúvidas quanto ao GRO/PGR
Há muita confusão em questão do GRO em relação ao PGR, como por exemplo:
- São dois programas?
- Um substitui o outro?
- Um complementa o outro?
A resposta é que o GRO está contido dentro do PGR.
Ou seja, o GRO é um documento, que fará parte de um Programa de Gerenciamento de Riscos, o PGR.
Quando a nova norma entrar em vigor, em agosto de 2021, ela invalidará o PPRA, que é, até então, um documento necessário para fazer a gestão dos riscos ambientais dentro da empresa.
Diferença entre PGR e PPRA
Podemos notar que as etapas do PGR são semelhantes àquelas previstas para o PPRA na NR-9.
E faz todo o sentido, pois tanto o PPRA quanto o PGR são programas de Gestão de Riscos Ocupacionais.
A grande diferença entre o PPRA e o novo PGR é que este último engloba todos os riscos ocupacionais:
- Físicos;
- Químicos;
- Biológicos;
- Ergonômicos e;
- Acidentes/mecânicos.
O PPRA visa o gerenciamento dos riscos ambientais:
- Físico;
- Químico e;
- Biológico).
Como irá funcionar o GRO/PGR?
De acordo com a nova NR 1, pode ser implementado por unidade operacional, setor ou atividade.
O programa busca atender todas as necessidades para criar um ambiente de trabalho seguro, conforme exigem as Normas.
O objetivo principal é identificar os possíveis riscos existentes e eliminá-los ou no mínimo neutralizá-los de forma eficaz, antes que o mesmo gere doenças ocupacionais ou provoque acidentes, tornando-se uma perturbação real para empregadores e empregados.
A definição de risco é a probabilidade X a gravidade de ocorrer o acidente, segundo OHSAS 18001.
Identificar esses riscos e prevenir que ocorra o acidente ou gere a doença ocupacional é o papel do GRO.
O gerenciamento de riscos ocupacionais consiste em 4 passos que são essenciais para identificar e eliminar os riscos do ambiente de trabalho.
Os 4 passos para o gerenciamento de riscos são:
Identificação de perigos e riscos: Dentro do gerenciamento de riscos existem dois conceitos muito importantes e que precisam ser compreendidos, são eles ‘risco’ e ‘perigo’.
Risco’ se refere a probabilidade de ocorrer acidentes ou doenças ocupacionais, devido a exposição dos trabalhadores à agentes agressivos à saúde e a gravidade dos danos que podem ser causados por essa exposição.
‘Perigo’ diz respeito à fonte com potencial de causar algum dano ao colaborador. O primeiro passo consiste justamente em identificar os perigos e riscos em um ambiente de trabalho.
- Análise e avaliação dos riscos: para esse passo, pode ser utilizada uma matriz de risco, onde através de uma análise, poderá ser avaliada a probabilidade e as consequências que determinada fonte de risco poderá oferecer ao colaborador.
- Eliminação ou controle: após identificar fontes de perigo e risco no ambiente de trabalho, fazer a análise de probabilidade e possíveis consequências, o próximo passo é adotar medidas preventivas para eliminar e/ou controlar as fontes de riscos ocupacionais.
- Monitoramento e revisão: um gerenciamento de riscos completo, não deve parar nos passos anteriores, para assegurar que os riscos não voltem a existir e causar transtornos, é necessário que haja o monitoramento e revisão, assim será possível certificar e avaliar se as medidas tomadas estão de fato sendo eficazes.
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